Pix mostra crescimento acelerado no e-commerce

Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central, o Pix tem ganhado rápida adesão e popularidade, especialmente quando falamos do comércio eletrônico.

Plataforma de pagamentos instantâneos, o Pix veio para agilizar e simplificar as transações, além de fomentar a competição do setor financeiro e atrair novos jogadores, como as grandes tecnologias Facebook Inc e Google.

O que é o Pix?

Chamado de “Pix”, o sistema estatal de pagamentos instantâneos permite que consumidores e empresas façam transferências de dinheiro 24 horas por dia, sete dias por semana, sem a necessidade de cartões de débito ou crédito e sem pagar taxas de transferência. Também é gratuito para pessoas físicas.

“Enormes mudanças estão em andamento nos pagamentos. A sociedade exige algo que seja rápido, barato, seguro, transparente e aberto ”, diz o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Com essa medida, o Banco Central visa aumentar a concorrência em um sistema bancário altamente concentrado, com seus cinco principais credores, como Itaú Unibanco Holding SA e Banco Santander Brasil SA, detendo cerca de 80% dos ativos e depósitos totais.

Como o BCB estabelece preços baixos para transferências de dinheiro e pagamentos via Pix, o regulador acredita que a concorrência aumentará. O processador de cartões do Itaú, Rede, disse que não cobrará dos comerciantes que usarem o Pix nos primeiros seis meses.

Em 2030, o Pix deve responder por 22% dos pagamentos eletrônicos no Brasil, disse a consultoria Oliver Wyman em um estudo recente. No ano passado, os pagamentos de débito e cartão no Brasil totalizaram 1,8 trilhão de reais.

Campos Neto também afirma que o BCB está em negociações com grandes players de tecnologia, como Google e Facebook, para entrar no mercado brasileiro de serviços de pagamentos.

“O WhatsApp começará a fazer transações P2P em breve. Conversei muito com o CEO deles, estamos fazendo um bom progresso. Ele me disse que o processo (conosco) foi mais rápido do que em outros países. Nossa única preocupação é passar por todos os critérios de aprovação e ter um sistema que incentive a competição”, disse Campos Neto.

Futuramente, o Pix adicionará novas funcionalidades, como cashback e pagamentos pré-programados, que atualmente são oferecidos principalmente por meio de cartões de crédito.

Pix é seguro? 

Pix traz mais visibilidade nas transações e permite rastreabilidade de ponta a ponta. As transferências são feitas e certificadas na Rede do Sistema Financeiro Brasileiro (RSFN), sistema de comunicação de dados entre instituições financeiras administrado pelo Banco Central.

Todas as informações são protegidas pela Lei de Sigilo Bancário (Lei Complementar nº 105/2001) e pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709 / 2018). 

Da mesma forma, todas as outras transações financeiras, instituições financeiras e de pagamento são responsáveis por fraudes. Essas instituições devem implementar sistemas de mitigação de risco, barreiras antifraude e limites de valor para transferências. 

Como as transações são “instantâneas”, não há cancelamento de transferências e os protocolos de reembolso não são claros. Dessa forma, o BCB permite que as instituições retenham a operação por até 1 hora em caso de suspeita de fraude.

Pix tem custo? 

Segundo o Banco Central, o custo de Pix é estimado em R $ 0,01 a cada 10 transferências. Assim, o Pix gratuito foi formalizado para pessoas, exceto nos casos de recebimento de vendas de produtos ou serviços. 

Para empresas, a instituição financeira ou de pagamento pode cobrar uma taxa pelo uso. No entanto, o BCB ressalta que os valores são bem inferiores aos cobrados atualmente. 

Além do baixo custo de adesão, outros incentivos para adoção do novo sistema são: a disponibilidade imediata dos recursos, facilidade de automação e checkout.

O futuro dos pagamentos no e-commerce

 A promessa do Pix é promover uma grande mudança nos meios de pagamento, abrangendo instituições financeiras e todo o mundo consumidor. 

Em abril desse ano, a quantidade de Pix superou a quantidade de TED, DOC, cheque e boleto somados. As transações realizadas pelo sistema (1,547 bilhões) já foram responsáveis pela movimentação de mais de R$ 1,109 trilhões.

Desde o seu lançamento, aproximadamente 75 milhões de brasileiros usaram o sistema de pagamento instantâneo, seja para pagar ou receber. Ou seja, 45% da população adulta do Brasil já usou o Pix em algum momento.

Dados do Banco Central mostram que já existem mais de 242 milhões de chaves cadastradas, sendo 83 milhões de usuários pessoas físicas e mais de 5,5 milhões de empresas.

“O Pix completa seis meses de operação e já é amplamente aceito em todo Brasil, sua adoção foi extremamente rápida e vem crescendo mais a cada semana. Milhões de brasileiros já usam o Pix no seu dia a dia e o pagamento para empresas está com uma taxa média de crescimento bastante acelerada, em 57,5% ao mês. Em comparação a outros sistemas de pagamentos instantâneos no mundo, o Pix figura entre os que tiveram adoção mais rápida. O Pix veio para ficar e continuará evoluindo com novas funcionalidades”, afirmou Roberto Campos Neto.

O Pix sem dúvidas será um grande divisor de águas na indústria online, sendo uma forma de pagamento mais amigável, sem mudanças de telas no checkout, funcional e transparente para todos os tipos de dispositivos, além de não ter custos abusivos aos proprietários de e-commerce.

Essa é uma grande oportunidade para  o e-commerce brasileiro efetivamente aumentar suas vendas com segurança e velocidade, recebendo os valores à vista, através do PIX.

É imprescindível que o seu e-commerce facilite o modo de receber pagamentos online, mas assim que o pedido for feito, começa a verdadeira expectativa do cliente: receber o que comprou. 

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