ESG e Práticas Sustentáveis ​​em Logística

Os critérios ESG são padrões para as operações sustentáveis ​​de uma empresa e são especialmente relevantes para investidores que desejam tomar decisões socialmente conscientes. 

Assunto que vem ganhando destaque, neste post vamos falar sobre os benefícios de um plano de ação sustentável em logística e como implementar isso no seu e-commerce.

 

 O que é ESG?

A sustentabilidade é um objetivo abrangente de atender às nossas próprias necessidades sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas.

Os critérios ESG (Environmental, Social and Governance) fornecem padrões para tornar a sustentabilidade mensurável nas categorias de impacto ambiental, social e de governança. 

Quando uma empresa determina seu Plano de Sustentabilidade e suas estratégias de curto e longo prazo, ela passa a focar em investimentos socialmente conscientes.

Por sua vez, sustenta sistemas de longo prazo por meio de recursos sociais e econômicos, não apenas recursos naturais. 

O ESG ajuda a tornar um Plano de Sustentabilidade acionável e as metas de sustentabilidade mais amplas alcançáveis.

Investidores ambientalmente e socialmente conscientes usam dados ESG para medir a sustentabilidade e seu impacto na sociedade por meio de fluxo de caixa, vendas, avaliação de participação de mercado e métricas de desempenho. 

Os dados ambientais vêm do consumo de energia, disponibilidade de água, resíduos e poluição e uso eficiente dos recursos de uma empresa. 

Os dados sociais incluem os aspectos humanos, como engajamento dos funcionários, gestão da cadeia de suprimentos, trabalho e direitos humanos.  

Por que seguir os Padrões ESG?

Uma pesquisa recente feita pelo Mercado Livre aponta que dobrou o consumo de produtos sustentáveis no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai.

Chamado de ‘Tendências de consumo online com impacto positivo’, o estudo detalha ainda que cerca de 4,3 milhões de pessoas adquiriram mais de 7,3 milhões de produtos sustentáveis no último ano. O Brasil corresponde a 40% desse mercado, cujo crescimento das vendas foi duas vezes maior em relação ao levantamento anterior.

De acordo com os dados levantados, nosso país já responde por 53% dos compradores da categoria, crescimento de mais de 123% em relação ao levantamento anterior, indicando a forte tendência de expansão do consumo de produtos que geram benefícios para o planeta e para as pessoas, promovendo um estilo de vida, hábitos e comportamentos mais sustentáveis. 

Maiores responsáveis pela “exigência” por produtos amigos do meio ambiente, os consumidores Millennials e da Geração Z têm mudado o comércio como se conheceu até pouco tempo. 

Nos últimos anos, 78% e 84% destas gerações, respectivamente, declararam optar por este tipo de investimento (ESG). Somente no Brasil, segundo um estudo feito pela Morningstar, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões só em 2020. 

Atentos a essa tendência entre os consumidores, CEOs do mundo todo veem a sustentabilidade como a base para o crescimento em inovação e vantagens competitivas em seus setores.

Um bom exemplo disso são megacorporações, como Wal-Mart e Amazon, que (entre outras ações) investem fortemente em veículos elétricos e autônomos para entregas. 

No entanto, seguir os princípios ESG não é apenas para os grandes players. Empresas de todos os tipos e tamanhos colhem benefícios desta iniciativa.

A governança corporativa com foco em ESG aborda riscos de longo prazo e oferece transparência e gestão diversificada. Abrange a estrutura de gestão, políticas e padrões e evita procedimentos eticamente questionáveis. 

Para Marta Dalton, vice-presidente da Amyris e especialista em Data Analytics e Customer Insights, o maior dificultador para a implementação dos critérios de ESG nas empresas é a própria empresa. “Se uma companhia quer aperfeiçoar sua estratégia focada no ESG, ela terá de se comprometer a ter pessoas para auditar, rastrear e gerenciar tudo o que é necessário para abordar os critérios para tal”, afirma. No entanto, quanto antes um negócio tiver seus processos alinhados a essas práticas, maior serão as chances de ele se destacar na concorrência.

Como resultado, ao aplicar as políticas ESG, as empresas veem um crescimento sustentável de longo prazo que gera retornos financeiros crescentes na esperança de que seus esforços melhorem nosso modo de vida. 

Como aplicar ESG e Práticas Sustentáveis ​​na Logística

Os avanços em direção à sustentabilidade e adesão aos critérios ESG estão causando impacto no setor de logística e transporte. As principais iniciativas nessa área incluem:

• Veículos autônomos
• Economia de combustível
• Robótica
• Otimização de rotas
• Automação, projeto e planejamento de localização de armazéns

Outro aspecto de um plano de logística sustentável é a logística reversa. 

Além das vantagens de recuperar o valor dos ativos e minimizar os resíduos, uma estratégia de logística reversa sustentável ajuda a aliviar as multas governamentais por descarte inadequado de resíduos, melhorar a percepção pública da empresa de transporte, ajuda a reduzir a insatisfação do cliente e possíveis ações regulatórias. 

Varejistas inteligentes estão melhorando a transparência de sua cadeia de suprimentos em resposta a essa tendência.

Essa transparência permite que os consumidores façam compras mais educadas, socialmente conscientes e ecologicamente corretas. Além disso, a mudança para operações sustentáveis ​​que seguem os padrões ESG pode melhorar as condições de trabalho, diversificar a força de trabalho (incluindo mais motoristas do sexo feminino) e atualizar as iniciativas de saúde e segurança.  

 Com otimismo, o setor de transporte e logística está se adaptando. As considerações ESG são cada vez mais priorizadas na tomada de decisões fundamentais pelos operadores logísticos e suas equipes. 

Nos últimos anos a Delivery365 implementou melhorias em todos os pontos destacados acima, com ênfase para automação e robótica, otimização de rotas e veículos sustentáveis.

Outras soluções para uma entrega mais sustentável também foram adotadas, como o uso dos lockers e a adesão aos PUDOs, sigla em inglês que se refere aos pontos de retirada. Com essas possibilidades, o transporte de carga se torna mais rápido e eficiente, com trajetos menores. 

Segundo Guilherme Juliani, CEO da Delivery365, a logística, no entanto, não se resume à etapa de entrega, fase conhecida como “última milha” exatamente por ser o fim da longa cadeia de suprimentos. Quando toda a cadeia é alinhada com o ESG, é possível ter uma operação mais “verde” desde o início. 

Gestão de resíduos, comprometimento com a redução de emissão de poluentes, diminuição do consumo de recursos como papel e energia são ações que podem ser implementadas na cultura organizacional das empresas de transporte e que têm resultados positivos a médio e longo prazo.

Investir em sustentabilidade nos ajuda a descobrir continuamente maneiras de reduzir o risco para nosso planeta, nossa economia e a humanidade. A mudança é constante.